Como Fênix, estou buscando incendiar-me.
Quero virar cinzas, voltar ao pó.
Misturar esse pó primordial com água,
virar barro e remoldar-me.
Entretanto, como avisar ao corpo e
a este maldito instinto de preservação
que é preciso deixar que lhe ateiem fogo?
Que este fogo não destrói, ele apenas reduz
àquilo que eu era e sempre fui. Àquilo que sou
Minha essência.
Não tenho nada que preservar agora. Só se for
pra preservar a dor.
E isso, não não quero, muito obrigado.
E no entanto, talvez seja a dor a centelha
ígnea para queimar esta lenha velha e chata
que quero matéria prima de novo.
Dificil tarefa, refazer-se.
Mergulhar no caos e no caos achar, no meio
da massa informe, o ponto final e inicial
Juntar o começo e o fim, virar oroboro.
Surgir das cinzas, pura fênix.
Refeita. Renovada. Inteira.
Sono....
Passa da meia noite.
E o remédio começa a fazer efeito.
Serginho, me deixa dormir desta vez...
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