domingo, 22 de agosto de 2010

Grávida de poesia....

Este foi o semem plantado:

"Ela chegou
rescendendo a jasmim.
Com o semblante em rubra flora,
em moedas raras,
em pedidos sem ter perdido.
Ela chegou:
mais que na hora,
na reviravolta da imensidão.
Ela chegou,
não dizendo nunca:Não.
Em absoluta calma,
mais veloz que uma corça,
mais séria que um planeta azul.
Ela chegou na volta por cima,
na casa, na comida,
na intensidade primaz,
na ventura que satisfaz.
Ela chegou fora das quebradas,
sem ilusão que mata,
na compostura absoluta
de uma igual.
Ela chegou na astronave,
na Terra para Marte,
na gostosura de seu beijo.
Ela chegou e eu me achego a ela.
Cumprindo a emoção do amor.
Ela chegou e nunca, nunca vai sem mim.
E nunca me deixou..."

E esta é a gravidez... tô grávida das palavras do meu amor....

O meu amor é o Rei das Palavras
Seu trono é o papel, o cetro:a caneta,
a corô: as idéias em sua mente
que explodem em versos, rimas,poemas
que inundam minha alma, quase tanto
ou mais que a paixão quando se faz líquido
O meu amor me faz amor e suas palavras
se convertem e vertem semem dentro de mim
para brotarem mais versos e me deixam mais cheia que a Lua
Grávida da poesia,
Dele
e de mim.

Presentes-Poéticos de Nestor Lampros...

Caminhos
Nestor Lampros

Andei perdido, por vezes, sem pão, água um carinho,
a TV me ligava a anos idos pelos descaminhos trilhados sem compaixão.
Ouvi gritos lancinantes, bêbados, outras coisas inomináveis.
Meus caminhos eram dos perdidos, sem deuses,
sem olhos para se ver.

Encontrei você numa das esquinas da vida.
Meu coração está alegre e como que embriagado de vinho,
de amor, de paz, de compaixão.
Nossos caminhos se encontraram. Como dois córregos
que vão para a imensidão do mar.

E os calabouços de outras épocas
sentem aversão, e os morcegos cegos
sentem calafrios.Os assassinos de plantão colhem morangos.
E estou certo
que o frio vai passar...

Meu caminho é você e você
é o meu caminho. Nossos caminhos são
a imensidão dos plurais caminhos para andar.

Estamos juntos, agora,
e desligamos a televisão.
-Boa noite minha querida,
amanhã teremos mais um desafio
para renascer e solucionar.

****************

Meu amor é uma flor selvagem, a relva para meus pés cansados,
meu escudo contra os dissabores. A luz da minha estrada. Minha companheira!!
Você, minha ninã, meu pé de milho, minha alegria!!
Sou o seu entendimento no amor. Nas coisas da cozinha, Minha flor, sem demora.
Tudo me lembra vc, minha coisa linda, meu sabor doce, meu amor!!
Às vezes estou distante, mas não por vc, é por esta coisa linda que permaneço.
às vezes sou mais que dois. Um três e meio, depois de Fellini.

*****************
Meu amore,
te levo nos bolsos, a tua foto, as tuas músicas na minha cabeça.
Minha alma dói, como dói...
Estou sozinho comigo. Permaneço cansado.
Queria teus braços e abraços.
Como uma fada da canção, você fecha meus olhos e te vejo.
Você costuma falar dormindo?
Sempre quis te ter, agora é a vida que me mostra.
Você, meu amor,
na lógica do mundo mau,
você é minha fonte de água,
que me dessedenta. Minha muher, meu amor!!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Essa coisa estranha, o amor

"Vós, que sofreis, porque amais, amai ainda mais. Morrer de amor é viver dele.
Victor Hugo"


"Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?
Fernando Pessoa"




Nada é pequeno no amor. Quem espera as grandes ocasiões para provar a sua ternura não sabe amar.
Laure Conan



Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.
Machado de Assis


Uma vez Marilice, a minha ex terapeuta, me disse que o amor é calmo, a paixão atropela. Então, acho que o que eu sinto é amor. Eu sinto algo calmo e sereno, quando estou com o Nestor.
Não que não haja paixão... e haja calma e serenidade para lidar com o sangue mezzo latino meszzo grego dele!
O que eu tenho sentido é a vontade de estar com ele, ouvir-lhe a voz, tocar-lhe o rosto, sentir a aspereza da sua barba na palma da minha mão ou contra a pele do meu rosto, descansar no peito dele, fechar os olhos embalada no som doce da voz dele declamando as poesias que me fez.
Acho que isso é amor. Porque não me atropela, não me machuca e, finalmente e felizmente, me emociona. Mas não me dói.


quarta-feira, 28 de abril de 2010

De Azulões Vôos e Necessidade de Libertação

Peguei um poema no blog da Martha Medeiros, é de Antonio Cícero que diz a Martha ser parceiro de Marina Lima. Mandei pro padawan Esaú e lembrei da história da cabocla janaína, que a seguir transcrevo:
A Lenda do Azulão
Pela Cabocla Janaína
" Um dia, Janaína e sua irmã Jurema encontraram um azulão na floresta. O pássaro ela lindo, vistoso e tinha um lindo canto.
A indiazinha mais velha, Janaína, pediu a mais nova que lhe ajudasse a pegar o azulãio e assim o fizeram.
Janaína levou o passáro pra casa prendendo seu pézinho com uma corda, para que ele não fugise.
Com o passar dos dias, o passáro adoeceu, cessou de cantar e começou a perder as penas.
Janaína levou o pássaro até o pajé, pedindo a cura do animalzinho.
O pajé disse à menina que a doença do pássaro era a prisão. O remédio era a liberdade.
A indiazinha protestou, dizendo que se soltasse o bichinho ela não o teria mais em sua companhia.
O pajé replicou que ela poderia escolher: manter o azulão preso, e assim ela o veria todos os dias, até que ele finalmemte definhasse e morresse, sem nunca mais cantar. Ou ela poderia soltar o pássaro e correria o risco de nunca mais vê-lo, mas assim ele recuperaria as penas e o canto e cada vez que ela visse um azulão ou ouvisse seu canto, lembraria do lindo pássaro que encontrara na floresta e não do ser moribundo que morreria preso em uma gaiola.
Janaína chorou alguns dias, mas, por fim, não querendo ver seu amigo sofrer, levou-o para a floresta e soltou-o.
A indiazinha voltou para sua taba, mas ficou muito triste e preocupada e mandou sua irmã ir procurar o azulão na foresta.
Jureminha foi várias vezes até a mata, mas não encontrou o pássaro.
Janaína foi, por si mesma, procurar o aninalzinho, mas não o viu. A indiazinha ficou tristíssima. Ele se fora. Para sempre!
Com o tempo a tristeza passou, Janaína cresceu.

Um dia, ela tecia um cesto quando ouviu um trianado, do lado de fora. Janaína saiu e viu, sobre o teto de sua taba um lindo passarinho azulão que cantava.

A partir desse dia, Janaína nunca mais aprisionou ou permitiu que se aprosionasse animal nenhum. E toda vez que ouvia o canto do azulão, ela se lembrava dolindo amigo quem salvara da morte, oferecendo-lhe liberdade.

E o poema do Antonio Cicero, que tem tudo a ver.


Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la
Em cofre não se guarda coisa alguma
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-l, mirá-la por
admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por
ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,
isto é, estar por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro
do que um pássaro sem voos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,
por isso se declara e declama um poema:
para guardá-lo:
para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarda o que quer que guarda um poema:
por isso o lance de um poema:
por guardar-se o que se quer guardar.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

É... eu não esqueci o que é me apaixonar...

Dói pra burro quando é mão única, mas pelo menos não estou seca como imaginava.

É terrível e ao mesmo tempo é bom pra burro. Sentir é sempre ótimo.
E alguém me dê "O Melhor Amigo da Noiva" de aniversário pra eu chorar cada vez que assitir!


terça-feira, 6 de abril de 2010

Esse é meu:
" Covardia de olhar nos teus olhos e dizer o que sinto.
Medo de estragar nem sei o que, se não tenho nada. Essa volúpia do não é que me estraga e que me empurra pra sei lá onde.
Covardia de aceitar o sim. Porque o sim dói. Porque o sim muitas vezes é o não que fere como ferro em brasa na ferida, mas cauteriza.
Covardia de abrir mão e viver. ASbrir mão do talvez, aceitar o sim e o não.
Covardia de olhar nos teus olhos e dizer adeus, não te quero mais... e te ver chorar."
( Meu Deus que horrososo...sou péssima de poesia!)

Ontem morri de chorar com o DVD em que o amigo da noiva fica com a noiva.
Na vida real, ela casa com o escocês perfeito e mala. E o amigo se suicidava no mar ou morria de cirrose, depois do alcoolismo. Entretanto, o filme é lindo. " O Melhor Amigo da Noiva" Na verdade não me senti a noiva, mas o amigo dela. Não, não virei lésbica. É que eu não fui criada pra ser barbie e sim pra ter atitude. depois, morro de chorar porque estou solteira. Que homem teria a coragem de me decifrar?

Esse é da Martha Medeiros ( e esse, sim, é bom! rsrsrsr!)

"meu caro estranho, nossa estranheza nos levou à cama
e seguimos nos desconhecendo
não perguntei de onde vieram tuas cicatrizes
e não me perguntaste se eu já havia usado o cabelo mais curto
simplesmente nos beijamos e dispensamos todos os porquês
fui uma mulher qualquer e fostes mais um homem
e se esse descompromisso não merece ser chamado de amor
ainda assim não carece ser desfeito e esquecido

meu caro estranho,
mesmo nos amores não há nada muito além disso"

Sou um Mulherão!

Pela Divina e maravilhosa Martha Medeiros!
Sou um mulherão. E como sou!!!!!!
"Peça para um homem descrever um mulherão. Ele imediatamente vai falar no tamanho dos seios, na medida da cintura, no volume dos lábios, nas pernas, bumbum e cor dos olhos. Ou vai dizer que mulherão tem que ser loira, 1 metro e 80, siliconada, sorriso colgate. Mulherões, dentro deste conceito, não existem muitas. Agora pergunte para uma mulher o que ela considera um mulherão e você vai descobrir que tem uma em cada esquina.

Mulherão é aquela que pega dois ônibus para ir para o trabalho e mais dois para voltar, e quando chega em casa encontra um tanque lotado de roupa e uma família morta de fome. Mulherão é aquela que vai de madrugada pra fila garantir matrícula na escola e aquela aposentada que passa horas em pé na fila do banco pra buscar uma pensão de 200 reais. Mulherão é a empresária que administra dezenas de funcionários de segunda a sexta, e uma família todos os dias da semana. Mulherão é quem volta do supermercado segurando várias sacolas depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento. Mulherão é aquela que se depila, que passa cremes, que se maquia, que faz dieta, que malha, que usa salto alto, meia-calça, ajeita o cabelo e se perfuma, mesmo sem nenhum convite para ser capa de revista. Mulherão é quem leva os filhos na escola, busca os filhos na escola, leva os filhos pra natação, busca os filhos na natação, leva os filhos pra cama, conta histórias, dá um beijo e apaga a luz. Mulherão é aquela mãe de adolescente que não dorme enquanto ele não chega, e que de manhã bem cedo já está de pé, esquentando o leite.

Mulherão é quem leciona em troca de um salário mínimo, é quem faz serviços voluntários, é quem colhe uva, é quem opera pacientes, é quem lava roupa pra fora, é quem bota a mesa, cozinha o feijão e à tarde trabalha atrás de um balcão. Mulherão é quem cria filhos sozinha, quem dá expediente de 8 horas e enfrenta menopausa, TPM e menstruação. Mulherão é quem arruma os armários, coloca flores nos vasos, fecha a cortina para o sol não desbotar os móveis, mantém a geladeira cheia e os cinzeiros vazios. Mulherão é quem sabe onde cada coisa está, o que cada filho sente e qual o melhor remédio pra azia.

Longa vida às mulheres lindas de morrer, mas mulherão é quem mata um leão por dia."